Maioria será produzida no Brasil, mas também há modelos que virão da Argentina e de outros países
São Paulo – Após anunciar, neste ano, investimentos de R$ 4,5 bilhões em três fábricas brasileiras, o presidente da General Motors Mercosul, Carlos Zarlenga, revela que vai lançar 20 novos veículos nos próximos quatro anos. A maioria será produzida no Brasil, mas também há modelos que virão da Argentina e de outros países.
“Muitos desses lançamentos serão SUVs (utilitários-esportivos) e crossovers (carros de passeio com características de utilitário)”, limita-se a informar Zarlenga, sem dar detalhes. “Também teremos 10 séries especiais que estão fora dessa conta.”
São Paulo – Após anunciar, neste ano, investimentos de R$ 4,5 bilhões em três fábricas brasileiras, o presidente da General Motors Mercosul, Carlos Zarlenga, revela que vai lançar 20 novos veículos nos próximos quatro anos. A maioria será produzida no Brasil, mas também há modelos que virão da Argentina e de outros países.
“Muitos desses lançamentos serão SUVs (utilitários-esportivos) e crossovers (carros de passeio com características de utilitário)”, limita-se a informar Zarlenga, sem dar detalhes. “Também teremos 10 séries especiais que estão fora dessa conta.”
As vendas de SUVs são as que mais crescem no País e dobraram de tamanho de 2010 para cá. Por ter só um produto nacional nesse segmento – a Trailblazer -, a GM dará atenção especial aos utilitários, seguindo estratégia de concorrentes. Essa é uma das apostas da marca para manter-se na liderança do mercado brasileiro, posição que ocupa há 34 meses consecutivos.
De janeiro a abril a GM atingiu 17% de participação nas vendas de automóveis e comerciais leves, seguida por Volkswagen (15,6%) e Fiat (12,5%).
Embora Zarlenga não queira antecipar dados sobre os novos veículos, fontes do mercado dão como certa a nova geração do Onix (campeão de vendas há três anos), e do Prisma, além de um SUV compacto na faixa de modelos como Jeep Renegade, Hyundai Creta e Honda HR-V.
As três novidades devem ser fabricadas em uma mesma plataforma que, segundo fontes, está sendo desenvolvida na China, para baratear custos, e será voltada a mercados emergentes.
Outras apostas são de uma picape pequena no lugar da Montana e uma intermediária, que será produzida na Argentina. Também são esperados substitutos da Spin, do Cruze e da S10, ou seja, uma renovação quase completa da linha atual.
Grande parcela dos investimentos anunciados está incluído no plano de R$ 13 bilhões previstos para 2014 a 2019, mas outra parte deve vir do próximo programa a ser definido futuramente, informa Zarlenga.
A fábrica de Gravataí (RS) receberá R$ 1,4 bilhão em aportes de modernização para produzir novos modelos – hoje, faz Onix e Prisma. A de São Caetano do Sul (SP), de onde saem Onix Joy, Montana, Spin e Cobalt ficará com R$ 1,2 bilhão, enquanto a filial de motores em Joinville (SC) receberá R$ 1,9 bilhão. Não há, no momento, investimentos para São José dos Campos (SP), que faz S10 e Trailblazer.
Rota
Segundo Zarlenga, o novo regime automotivo, o Rota 2030, ainda está em discussão e, da forma como está até o momento, “não é muito atrativo”. As empresas poderão aderir ou não ao programa para ter direito ao benefício do desconto em impostos de parte do valor investido em pesquisa e desenvolvimento (P&D).
“Não vamos mudar nosso plano de investimentos (em produtos), mas podemos mudar o plano de investimentos em P&D pois poderemos fazer em outros lugares”, diz o executivo.
Zarlenga também diz estar preocupado com a recente desvalorização do real, num momento em que a empresa começava a recuperar perdas financeiras. “Nenhum projeto foi feito com base no dólar a R$ 3,60 e, se o câmbio se manter nesse patamar vai encarecer principalmente as importações de itens tecnológicos não fabricados no País”.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo