A chegada de um novo movimento para a indústria de seguros

Post

Confira o artigo assinado por Hugo Assis, líder de Seguros da Accenture para o Brasil e a América Latina

Se as macroperspectivas econômicas se confirmarem, 2018 será a continuidade de um ano de recuperação, com tendências tímidas de crescimento, taxa de desemprego diminuindo em ritmo lento, inflação controlada e principalmente taxa de juros baixa para os patamares brasileiros.

O mercado de seguros, apesar do bom crescimento histórico em alguns setores, continuará enfrentando importantes desafios, como o aumento de custo administrativo e de distribuição, menores ganhos financeiros, elevação da taxa de sinistralidade, entre outros já conhecidos.

Um dos temas mais relevantes na agenda de prioridades não teve origem nas características técnicas ou regulatórias do mercado, mas sim em experiências realizadas por outras indústrias não ligadas a seguros e que resultaram no empoderamento do cliente. Devido a esse movimento, que começa a capturar o valor de avaliações, sugestões e reclamações reais de consumidores em mídias sociais, as seguradoras precisarão reavaliar seus portfólios de produtos, criando linhas cada vez mais customizadas e flexíveis, além de obrigatoriamente considerarem fatores hoje pouco utilizados, como o comportamento individual durante o ciclo de vida, atualmente com possibilidade de monitoramento em tempo real.

Os atuais conceitos precisarão ser revistos e adaptados, flexibilizando sistemas legados, mergulhando na jornada do consumidor para entender melhor sua experiência e necessidades, utilizando dados e plataformas analíticas robustas para encontrar a melhor relação de oferta, atuando em modelo ágil de desenvolvimento e criando acesso a novos produtos em plataformas completamente digitais.

Embarcadas nestas mudanças também estão as insurtechs, que atuam com foco em áreas de oportunidade do ecossistema segurador e que aplicam em suas soluções as tendências tecnológicas que ajudarão a indústria a se aproximar desse novo momento do cliente, que conhecemos com vários nomes: Inteligência Artificial, robotics, wearables, predictive analytics, entre outros.

Em outras palavras, o motor de equilíbrio dos atuais e novos desafios continuará sendo a inovação.

E se já é um fato os primeiros sinais de mudança no comportamento de consumo do cliente, também sabemos que a velocidade que isso costuma ocorrer é exponencial, diferente da que a indústria de seguros tem atualmente condições de se adaptar. Por essa razão, o sucesso, como já experimentado em outros mercados, está em um segredo simples: sair na frente, testar, aprender e melhorar.

Sobre o autor

Hugo Assis, líder de Seguros da Accenture para o Brasil e a América Latina

Fonte: Revista Apólice

Deixe seu comentário